Como forma de aumentar a segurança dos profissionais de saúde que realizam os testes para detecção da covid-19 no município, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), firmou uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), que desenvolveu uma cabine protetora, por meio da qual é possível realizar o exame sem ser exposto a gotículas dos usuários. 

 

Até o momento, três destes dispositivos estão sendo operacionalizados. O primeiro deles foi entregue no dia 28 de maio , na UBS Augusto Franco. No dia 23 de junho mais duas unidades de saúde receberam a doação: a UBS José Machado e a UBS Fernando Sampaio. A perspectiva é de que todas as oito unidades de referência para atendimento exclusivo de pacientes com sintomas de síndromes gripais recebam o equipamento.  

 

A ordem de prioridade para a instalação dos equipamentos são unidades que realizam mais testes. A UBS Augusto Franco foi a primeira a receber o equipamento e a que mais coletou, com 630 amostras. As unidades Fernando Sampaio, com 612 amostras, e José Machado, com 596, foram as outras contempladas. 

 

Pesando aproximadamente 8kg e medindo 1.80 x 90cm, o equipamento é confeccionado com armação metálica, lona plástica e material acrílico, com duas aberturas que facilitam o acesso entre profissional e paciente na realização da coleta.

 

Desta forma, os enfermeiros responsáveis pelo teste, que precisam inserir um cotonete estéril na nasofaringe (região mais alta das vias aéreas), sentem-se resguardados. “Eu achei a cabine bem interessante e útil, uma vez que ela ajuda a reduzir o risco de contaminação durante a coleta de amostra swab. Na verdade, trata-se de uma barreira que impede que o profissional seja atingido por gotículas emitidas pelos pacientes. Como é um exame um pouco desconfortável algumas pessoas tossem e espirram, então nos sentimos muito mais seguros com o equipamento”, afirma a enfermeira Poliana Vieira, que trabalha na UBS Augusto Franco. 

 

O mecanismo junta-se aos Equipamentos de Proteção Individual já utilizados pelos profissionais e ganha ainda mais importância num momento em que mais testes têm sido realizados. “É um equipamento de proteção tipo barreira para colaborar na diminuição da transmissão do vírus, aliado a todos os outros equipamentos de proteção individual, ou seja, trata-se de um reforço de segurança para os trabalhadores que estão aplicando os testes. Na comparação entre os meses de maio e junho houve um crescimento de 5,3 no número de testes realizados, então eles estão sendo disponibilizados no momento certo”, ressalta a diretora da Vigilância e Atenção à Saúde da SMS, Taise Cavalcante.