Emilly é uma jovem de 19 anos que transborda alegria, mesmo enfrentando o diagnóstico de Sarcoma da Artéria Pulmonar. Sua determinação em encarar a vida com positividade é inspiradora. Durante a pandemia, Emilly descobriu sua doença quando as dores nas costas surgiram devido ao peso dos livros em sua mochila. No entanto, ela não permite que isso a abale.

A história de Emilly não é única. Adrian também foi diagnosticado com neoplasia cerebral em agosto de 2020, durante a pandemia. Essa situação despertou uma força extraordinária em sua mãe, Betânia, que jamais imaginou possuir. Ela se dedicou incansavelmente em busca da cura para Adrian. Mesmo morando em Poço Redondo, um município distante 173 km da capital sergipana, ela não mediu esforços para garantir o melhor tratamento ao seu filho. Após enfrentar tratamentos, cirurgias e um processo de recuperação, Adrian teve uma reincidência no final do ano passado.

Infelizmente, o câncer infantojuvenil é responsável por cerca de 8% das mortes de crianças e adolescentes no Brasil. É nesse contexto que a Avosos (Associação dos Voluntários a Serviço da Oncologia em Sergipe) desempenha um papel crucial, dedicando-se há 36 anos a auxiliar crianças e adolescentes nessa luta.

Em 2022, foi sancionada a Lei Federal 14.308, que cria a política nacional de Atenção à Oncologia Pediátrica. Essa norma tem como objetivo aumentar os índices de sobrevida, reduzir a mortalidade e evitar o abandono do tratamento do câncer. Em Sergipe, o deputado estadual Kaká Santos protocolou o projeto de lei 291/2023, que institui o programa estadual de apoio à oncologia infantil, visando à promoção da prevenção e do diagnóstico precoce. Além disso, a Assembleia Legislativa de Sergipe aprovou a Lei 8.401/2018, que inclui no calendário oficial do estado o Dia de Combate ao Câncer Infantojuvenil.

Outra instituição essencial nessa luta é o GACC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer). O presidente dessa organização ressalta a importância contínua de campanhas de conscientização para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. É válido destacar que 90% das crianças assistidas pelo GACC vêm do interior do estado. Nos últimos seis meses, o número de assistidos aumentou de 64 para 107, representando um crescimento significativo de 67%.

Janicleide é uma das mães beneficiadas pelo GACC. Seu filho, Cleverson, foi diagnosticado com um tumor renal aos 11 meses de idade. Hoje, aos dois anos, ele está curado, e a jornada percorrida desde o povoado Alto Bonito em Poço Redondo valeu a pena.

A história de Emilly é um motivador para todos nós. Ela nos ensina que, mesmo diante das adversidades da vida, é possível sorrir e encontrar alegria em cada dia. O câncer infantojuvenil é uma batalha que precisa do apoio de instituições como a Avosos e o GACC, assim como de iniciativas governamentais que promovam a prevenção e o diagnóstico precoce. A vida é curta, e a história da Emilly nos lembra da importância de aproveitar cada dia ao máximo.