Quando se processa a eleição de um novo Papa, a fumacinha branca que sai de uma chaminé no Vaticano é que anuncia que os cardeais chegaram a um consenso: “Habemus Papa”. Às vezes demoram dias até que os olhos ansiosos dos católicos vibrem com o sinal da notícia, que se esgarça velozmente pelo mundo afora.

Mutatis mutante, saíamos desse procedimento tradicional em Roma e nos reportemos a uma simples eleição no pequenino Estado de Sergipe. Deixemos de lado as próximas eleições para a Prefeitura de Aracaju, que já estão fervilhando de nomes de pretensos candidatos e vamos dar um passo adiante para nos indagarmos: temos quadros para o Governo de Sergipe?

Não se iludam que a mente ambiciosa e nebulosa de muitos políticos já não tenham começado a inflar suas bolhas de vaidade, mal o atual Governador tenha segurado no volante há poucos dias... mas, par e passo, neste momento, Belivaldo ainda nem assentou o andar de sua administração e chegamos à conclusão: não temos quadros para sucedê-lo!  

Resvala inócuo dizer que “ainda se tem muito tempo” porque a grande verdade é que condições constitucionais (ser cidadão brasileiro e ter idade superior à mínima exigida), existem nomes aos montões que as possuem, mas, com estrutura política, aceitação popular, tradição e currículo, aí a coisa pega.

Velhotes enrugados pela senilidade, enrustidos em rusgas e alternativas, esses podem, ou não, apenas ser consultados, pela “expertise” de suas vivências; nada além disso!...

Os demais pretendentes, e são tantos, têm um longo caminho a ser trilhado. Há que arregaçar as mangas desde já, porque qualquer jornada começa com o primeiro passo.