Editorial: Opção Sergipe

27/07/2019 19:27


Editorial: Opção Sergipe

O momento mais solitário do líder político é quando ele tem de tomar uma decisão difícil e as opções são limitadas. Do seu posicionamento dependerá o futuro de seus liderados e o dele próprio: são as encruzilhadas da vida pública. Entre a política e a diplomacia um tênue fio da navalha. Estadista ou “non sense”, não há outras opções.

Vivemos uma transição de alternância do poder onde os conflitos se sucedem; de céu de brigadeiro para temporal ensandecido, acontece tudo num sopro de nuvem.

A mais rasa avaliação isenta de floreios nos leva a uma conclusão preocupante sobre a situação de nosso Estado: dependemos do apoio federal para superar as enormes dificuldades que vimos acumulando há décadas. Sem exagero, nem mimimi!

A Previdência Social, que vem dos distantes anos getulianos, vitima durante todos esses anos de incontornáveis desvios de sua principal finalidade (amparar o trabalhador na velhice), transformou-se numa bomba-relógio, cujo estopim está chegando ao final. 

Deixando à margem a unanimidade que a Reforma da Previdência Social impõe, uma conclusão irretocável coloca nosso pequenino e empobrecido Estado como dependente de recursos da União para sobreviver...(à exceção de São Paulo, qual o Estado que não o é?). Por essa razão tão flagrante as opções se afunilam: ser de direita ou de esquerda, quando o que está em jogo é a sobrevivência de Sergipe?

Subscrever moções de protesto contra ofensas descabidas sobre o Nordeste é um ato  compreensível até certo ponto, claro, mas muito pouco diplomático. 

Sergipe não pode fechar janelas. Tem é de abrir portas nos dutos de canalização de recursos federais e, portanto, o dialogo amigável, conveniente e inteligente tem de ser o foco.

Nadar contra a correnteza é perigoso risco de afogamento.

Nadar a favor da correnteza é questão de sobrevivência...

Sem subserviência, sem arrogância.

Opção: Sergipe.  

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