EDITORIAL: O fio da navalha

31/08/2019 18:20


EDITORIAL: O fio da navalha

Sem superficialidades a tese geral da administração pública é taxativa: o uso do dinheiro público só pode ser feito obedecendo a normas e leis que definem, delimitam e estabelecem o roteiro dos procedimentos. E, ponto final. 

Conviver com esses parâmetros demanda jogo de cintura, permanente convivência com o Poder Legislativo para atender suplementações sempre urgentes e os problemas cada vez mais asfixiantes à vida da população, rastilho sufocante de queixas e reclamações. 

Temos de convir que a experiência do exercício das funções de vice-governador e de presidente por mais de uma vez de diversos Conselhos da Administração Pública e, mesmo tendo, antes de ser eleito, substituído por alguns meses a titularidade do Poder Executivo não passaram para Belivaldo Chagas a pratica que só vem no dia a dia das múltiplas responsabilidades da governabilidade e todo o ônus de contratempos e acidentes de percurso.  

Acompanhando os primeiros meses de sua conta corrente como gestor, a partir deste segundo semestre é que podemos assinalar,  com isenção de ânimo, que os resultados de boas perspectivas para o futuro de Sergipe começam a dar ao seu governo uma feição de credibilidade, pois até seu comportamento pessoal reflete um tom bem mais confiante... Belivaldo começou a gostar do jogo. E isso é bom.

Atestado dessa evolução foi exposto claramente, pela forma como o Governador absorveu o duro golpe da notícia impactante e inquietante de que a Justiça cassara o seu mandato. Mal saído de um insustentável muro das lamentações em que lamúrias e tons cinza de pessimismo marcavam suas falas, decidiu, em boa hora, se envolver corajosamente com   as questões macro de nosso Estado. Ampliou suas saídas do gabinete para voos em direção aos seus colegas do Nordeste e até o Planalto Central, ou seja, pode-se dizer que começou a estirar as asas sob o peso de responsabilidades que têm de ser enfrentadas e não motivadoras de um temor covarde de infortúnios e futuro agourento. 

Esse era, e é, o Governador que a maioria dos eleitores sergipanos escolhera.

A militância politica não tem nada a ver com a denguice de ficar se embalando em redes, engendrando desconexas justificativas de desculpas como couraça.

Ao contrário é um permanente risco de se andar sobre o fio de uma navalha... Olhos bem abertos, confiante e determinado a não se distrair do foco a atingir. Esses são sintomas que ultimamente estão estampados na fisionomia e nas ações do Governador Belivaldo e que esperamos se solidifiquem como estilo de administrar.

Pelo bem de Sergipe.     

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