Quem avalia de forma serena e isenta as atuações de nossos gestores têm de ter em mira a metodologia e o estilo de cada um, e, igualmente, as conjunturas que moldam seus campos de trabalho. Este é o foro do bom senso, despojado de quadros políticos. 

Depois do desastrado mandato do engenheiro João Alves Filho – vítima do poder maligno  de uma doença maldita que continua martirizando o mais eficiente executivo de obras de Sergipe em toda a sua história - a eleição de Edvaldo Nogueira para governar o município pela segunda vez foi recebida com visível indiferença e claras preocupações.

O quadro de terra arrasada da capital sergipana, que mais parecia uma tabua de pirolitos cheia de buracos periféricos e desalentador quadro financeiro (fruto, também, da crise que ainda asfixia todo o país) é o que o novo alcaide recebeu de mãos beijadas numa bandeja desgastada e enferrujada. Ademais, há de se convir que a campanha da qual saiu vencedor não teve tônus para reavivar na opinião pública a sua primeira gestão municipal, quando Aracaju foi considerada a capital brasileira de melhor IDH. Na verdade aquela campanha eleitoral foi uma verdadeira ópera bufa no estilo do humorístico ”Balança, mas não caí...”

Mas...aí estão resultados bastante promissores que afloram à vista de todos e que, até por dever de justiça, não podem ser jogados para escanteio. 

O Prefeito Edvaldo Nogueira conseguiu sair do asfixiante desafio inicial para, tomando folego aqui e ali, disponibilizando atitudes com alta dosagem de otimismo e de operosidade, chegar ao atual estágio de relativa estabilidade nos serviços essenciais que nossa Aracaju merece.

Os gargalos de uma cidade geram problemas diuturnamente e criam situações vexatórias e inesperadas de forma geométrica. A expansão demográfica explodindo aos pulos, a carência cada vez maior dos menos aquinhoados pela sorte e a simples recuperação e conservação de obras, são inadiáveis e urgentes. E os recursos rareiam na atual conjuntura nacional.

Cada administrador tem um estilo de atuação. Até se pode discordar do seu jeito de fazer as coisas. Mas, contra fatos não há argumentos. Agora mesmo a Prefeitura conseguiu autorização para um empréstimo de 300 milhões que brevemente irão reforçar o caixa do erário da municipalidade... e isso é bom!

   Certamente não é hora de tocar zabumba, ainda não, pois há muito a ser feito... Mas, Edvaldo parece que tem plena consciência disso. 

Oxalá continue de mangas arregaçadas.

Aracaju agradece.