EDITORIAL: prioridades

15/09/2019 10:06


EDITORIAL: prioridades

Exceção é o dia em que o gestor público não tem de assumir decisões. Os acontecimentos surgem de repente, de onde menos se espera e, acertando ou errando, chega o momento crucial em que tudo depende de uma decisão. Aliás, assim é a vida em todas as suas nuances.

Na realidade não são apenas aquelas tomadas de posição que a urgência força, ou as que sucedem a momentos de ira em reação a atitudes que nem Cristo resistiu: expulsou a chibatadas os fariseus do templo...

 É preciso ter a sensibilidade do custo benefício.

Dar uma simples canetada para oficializar uma solução que decorre de uma opinião comum generalizada e sem maiores consequências, aí é bom demais. O difícil são aqueles momentos em que aprovar ou reprovar, é uma decisão unilateral, com toda a gama de efeitos colaterais que certamente irão provocar reações incontroláveis, boas ou más. 

Tempos houve em que a administração pública crescia aos olhos do conceito popular com o simples empiçarramento das vias públicas, e os reflexos dessa ação continua insuperável.  Não existe paralelo entre o executivo municipal que recupera ruas e avenidas, abre novos caminhos e oferece o direito de ir e vir sem tropeços em buracos intransponíveis e aqueles que se voltam exclusivamente para o saneamento básico, o estímulo aos festejos populares e ações pontuais, todas inconclusas, em centenas de segmentos que em nada contribuem para a melhoria de vida dos aracajuanos. 

Tudo tem de ser muito bem dosado, mas e as prioridades? Essas é que são importantes e têm de ser flagrantes. O povo precisa ver, sentir e fruir.

Prioridades como a Educação, que é a base principal da sobrevivência de toda e qualquer comunidade - como a Saúde que há de merecer sempre a atenção e a qualificação que beneficia aos mais carentes - ou a Segurança, sem a qual não pode sobrexistir qualquer êxito de progresso, essas são fundamentais... e, também bastante visíveis. 

Enfim, prioridade não tem nada a ver com “bater a pedra fundamental” e criar mais um elefante branco ou navegar nas nuvens de potenciais descobertas ou de esperançosos recursos que vão chegar, porque o pagamento da folha de pessoal e de aposentados é o combustível que incendeia ou amacia a volubilidade da opinião pública.  

Simples assim: o que não aparece se esquece. Não se trata de formula mágica, apenas de bom senso e competência. 

Esse é o nó górdio da vida de todo líder.

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