EDITORIAL: Segurança Pública

28/09/2019 20:33


EDITORIAL: Segurança Pública

A população carcerária no Brasil é de 800.000 detentos. Igual a 20 estádios de futebol lotados em dias de grandes jogos nos maiores estádios do mundo. É um número tão elevado que não se pode escapar de repetir o ditado: está saindo pelo ladrão. É a mais numerosa legião do planeta.

Imaginar-se o custo para manter tanta gente reclusa as expensas do dinheiro público, só com alimentação, vestuário, instalações, cuidados com a saúde, com a vigilância, com o custeio das operações de manutenção e de pessoal, é pensar em rios de dinheiro...

As recentes demonstrações do poder dessa máquina poderosa, alimentada por recursos inimagináveis, advindos principalmente do tráfico de drogas e de outras fontes escusas, expõe a céu aberto essa grande ferida que, com seus tentáculos apodrecidos, convulsiona, mesmo de dentro das penitenciárias, a vida da sociedade.  

A readaptação dos delinquentes à vida comunitária, o respeito à dignidade e todos os direitos humanos devidos ao recluso é o ideal... Ideal que demanda a existência de um organismo policial competente, assistido e bem preparado para a guerra sangrenta de resultados imprevisíveis com inesperados acidentes de percurso diuturnos.

A criminalidade é mundial, não apenas um sintoma tupiniquim... Até ao contrário. Mas, temos a ver com o que nos afeta diretamente e Sergipe e nosso povo clama por mais segurança, diante dos avanços estilizados e bestiais dos meliantes que não respeitam nada, e se multiplicam de forma geométrica.

O avanço da densidade demográfica contribui de forma paralela com o aumento da criminalidade. Verdade. O progresso e o desenvolvimento são bons e preciosos, mas tudo tem seu preço. Como se conclui facilmente; a Segurança Pública é, até nas letras definitivas da Constituição, um dever do Estado.

O ônus é altíssimo e, com todo respeito ao trabalho sério, duro e inflexível dos órgãos que cuidam desta importante pasta em Sergipe – com resultados alentadores – temos de reconhecer que a faina é desgastante, sobrepõe-se perigosamente além do cumprimento do dever, daí então o alerta para a permanente união das categorias que exercem as meritórias atividades de defender e preservar a tranquilidade dos cidadãos e da comunidade.

Nada contra reivindicações ou movimentos de convocação das categorias para levar suas vozes às autoridades e à população.. Democracia é isso. Mas, destemperança entre os defensores da Lei só animam e fortalecem os criminosos. Os efeitos se refletem de imediato sobre a população.

Só o bom senso pode ostentar a palma da vitória.

Conciliar comezinhos interesses subjetivos será mais um gesto eloquente de abnegação – que é a marca indelével dos que hoje fazem a Segurança Pública em nosso Estado.

 

 

 

 

 

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