Eleições brasileiras

Está longe, muito longe, de vermos eleições limpas, neste país, seja lá para o que for e seja lá onde for. Durante as últimas realizadas pelo TSE, o que se viu foram vários casos de compra de votos, abusos de poder econômico e uso desenfreado da máquina pública para eleger governadores, deputados e senadores. Daí, a infinidade de processos nos Tribunais Regionais com algumas cassações já consumadas, inclusive. 

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No último domingo 6/10, foram realizadas, em todos os municípios, as eleições para membros dos Conselhos Tutelares e, novamente, os mesmos vícios e os mesmos problemas de sempre: compra de votos a céu aberto (por 20, 50 e até 100 reais), briga de cabos eleitorais e urnas eletrônicas com problemas. Foi um confronto entre partidos políticos, igrejas, movimentos sociais, enfim, nesse embate não havia “criança”. Coisa de “profissional”.

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Quando a eleição é em clube ou entidade de classe as falcatruas sempre estão na ordem do dia. As eleições do Clube de Regatas Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, por exemplo, somente ocorrerão no ano que vem, mas, na Justiça já existe uma Ação em andamento. No Brasil, eleição de Miss Simpatia ou de Vigia de Quarteirão sempre tem cambalacho. Até quando, só Deus sabe! 

Tinha que acontecer

“Um homem de 36 anos foi morto a tiros pelo próprio sogro durante uma discussão em Praia Grande, no litoral de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, o representante comercial Edson Claro de Almeida, 52 anos, matou o genro Elton Gomes da Silva, porque o mesmo havia agredido a filha dele e o ameaçou”. O fato, publicado pelo G1, aconteceu no inicio da semana e retrata o que a Coluna RADAR previu. Enquanto não houver prisão perpétua para feminicidas, a tendência é que aumentem os casos de familiares fazendo justiça com as próprias mãos. Ninguém aguenta mais ver a filha morta e o assassino passeando de moto, por aí.

Ao mestre, o carinho

Sabe até quando os professores vão continuar apanhando de alunos, em plena sala de aula? Até o dia em que o sindicato da categoria deixar de ficar pregando “Lula Livre” e entrar de corpo e alma em defesa dos seus filiados. O papel do sindicato não é somente fazer greve e acampar em porta de Palácio. É preciso lutar pela segurança do professor, defender a adequação de medidas punitivas compatíveis com a vulnerabilidade que os mestres estão expostos, atualmente. Isso, pra começo de conversa. 

Piada pronta

O radar existente na BR-101, nas proximidades da antiga unidade industrial da Santista, em N.S. do Socorro, não deveria estar funcionando, uma vez que a fábrica está desativada, há anos. Todavia, mesmo sabendo que o mesmo não tem mais serventia, pra não perder a boquinha, o DENIT resolveu alterar o limite de velocidade, passando de 60 para 80km/h. A indústria de tecidos não funciona mais, mas, a de multas, sim. A todo vapor!

E “patrasmente”?

A SMTT resolveu anular todas as multas aplicadas pelos radares reprovados pelo ITPS, a partir de 27 de setembro, quando a prova dos nove foi realizada. Os condutores multados não precisam sequer recorrer. Tá tudo zerado. E as outras? Como é que fica, doutor?

E por falar em multa...

O desembargador José dos Anjos determinou multa diária de R$ 5.000,00 para o prefeito de Canindé do São Francisco, Weldo Mariano, caso a prefeitura não pague o salário dos professores, dentro do mês trabalhado. É melhor o prefeito ficar ligado, pois, como se diz no sertão, “mês meiou, mês findou”. 

Esperanças perdidas

O suplente de deputado estadual Robson Viana almoçou recentemente com o ex-governador Jackson Barreto, outrora seu guru e padrinho forte. Os dois voltaram a se sentar na mesma mesa de bar depois de superados alguns arranhões de percurso. Robson ainda acredita que poderá assumir o lugar de Luciano Bispo, como deputado estadual, cujo processo dorme, em Brasília, debaixo de uma frondosa pedra preciosa. Enquanto há vida, há esperança.

Farinha pouca

A Caixa Econômica Federal está atrasando a liberação dos recursos do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) em andamento no estado de Sergipe. Esse fato tem preocupado bastante a comunidade carente do interior, que sonha com nova moradia. São centenas de casas inacabadas, em vários municípios, aguardando a normalização de tão importante programa social. 

Na base do Rexona

Tudo indica que no PDT sempre cabe mais um vereador. Até o momento, já estão de malas prontas para o desembarque Isac (PCdoB), Anderson de Tuca (PRTB), Seu Marcos (PHS) e Thiaguinho Batalha (PMB). Jason Neto, eleito pela sigla, poderá ainda ter a companhia de Vinicius Porto (DEM) que deverá se filiar juntamente com o prefeito Edvaldo Nogueira (PDdoB). Este já avisou, pra todo mundo ouvir, que o seu líder (VP) irá para o partido que ele for. Edvaldo caminha para o PDT. 

Perigo à vista

A derrota da chapa Belivaldo/Eliane no TRE, na última quinta-feira (10/10), acendeu, de vez, a luz vermelha no Palácio dos Despachos. Como o Pleno não admitiu a suspeição do desembargador José dos Anjos o processo segue na pauta para votação dos embargos de declaração, no próximo dia 15. Caso o score de 6x1 pela cassação da chapa seja mantido, a possibilidade de reversão, em Brasília, passa a ser remota. As atenções agora se voltam para o “Garoto do Placar”. A semana promete.

Tiro no pé

Ninguém acredita que a ideia tenha saído da cabeça da vice-prefeita de Itabaiana, Carminha Mendonça. Mas, a emissora de rádio da família dela deu um tremendo tiro no pé da própria vice ao colocar no ar a informação de que a Polícia Federal realizou a Operação Mosqueteiros, na cidade, para atingir o prefeito Valmir de Francisquinho.

Tiro no pé 2

Acontece que a PF desmentiu as informações veiculadas maldosamente pela emissora e, com isso, deixou claro que a investigação estava focada em empresas que formavam cartel para participar de licitações em diversas prefeituras. Umas dessas empresas investigadas, a MW, vencedora de uma licitação em Itabaiana, teve o contrato homologado por Carminha Mendonça, prefeita em exercício à época. Pelo que se sabe, a Federal não está nos calcanhares de Valmir nem nos de Carminha, por enquanto. Literalmente, o tiro saiu pela culatra.  

Roda viva

Chico Buarque de Holanda passou boa parte da sua vida fazendo sucesso como compositor de músicas de protesto contra a ditadura militar. Diferente de uns e outros, ele nunca foi preso nem deportado.  Militante do PT, lambuzou-se com o mel derivado dos “incentivos” governamentais que aumentaram, em muito, a sua conta bancária. Mal acostumado, reclama, agora, da ausência de um autógrafo do presidente Bolsonaro que lhe renderia quase meio milhão de reais. A roda gira, tanto pra Chico como para Francisco. 

Pensando bem

Ora, se as manchas de petróleo atingiram todo o litoral nordestino, evidentemente que as fozes dos rios não escapariam desse desastre. Desastroso, mesmo, é essa preocupação demasiada com o óleo na Foz do São Francisco, como se as manchas sejam capazes de subir rio acima. É preciso muita calma nessa hora.