Editorial: otimismo faz bem

22/11/2019 22:05


Editorial: otimismo faz bem

Todos os autores de livros de autoajuda e a elite maior da Psicologia e da Psiquiatria recomendam a adoção do Otimismo como o melhor caminho para suavizar, contornar ou superar qualquer situação. Aliás, a palavra crise na sua origem dialética quer dizer o mesmo que oportunidade, refrão aplaudido pelos inimigos do pessimismo.

Uma linha muito tênue separa os dois extremos e só muito equilíbrio pode evitar a inclinação para a irresponsabilidade. É o caso flagrante e sabido da situação financeira dos cofres estaduais. É um quadro deveras preocupante.  Não há como esconder a situação periclitante, o garrote mensal asfixiante que o Governo Estadual sofre para pagar ao funcionalismo. 

E até agora só medidas impopulares que crucificam salários congelados há anos, enquanto o poder de compra descende, ascendem os preços dos insumos essenciais à sobrevivência do funcionalismo... 

A queda de braço entre os que servem ao Estado, permitindo o funcionamento da máquina administrativa e são desservidos na remuneração estagnada e sem perspectiva de melhoria, desafia o chororô de uma crise pela qual não têm culpa, contrapondo aos argumentos oficiais da falta de dinheiro a alegação irrespondível de que o “Diário Oficial”   

publica cada vez mais e mais nomeações, avultando o custo da folha de pagamento mensal. 

O Governo não tem dinheiro para sequer honrar seus fornecedores, muito menos para dar aumento aos servidores, e, como pode repetir todo dia relação de novas contratações para os quadros das diversas Secretarias e órgãos administrativos, alguns de inexpressivas finalidades?

Resultado: as paralizações se sucedem, as greves são anunciadas, os protestos passam a ser fato comum na imprensa e o Governador Belivaldo Chagas, sufocado por tamanha pressão adoeceu e está se restabelecendo. 

Chega a ser uma hora oportuna para bem refletir sobre o andor da carruagem: ter um olhar otimista sobre as jazidas de gás identificadas no nosso subsolo, nas reais possibilidades de obter ajuda do governo federal, que tem se mostrado inclinado a aliviar as angustias dos Estados e Municípios, e estender formulas para apreciação da Assembleia, sair em campo, mesmo minado por convicções políticas, com o pires na mão e projetos possíveis debaixo do braço.

Com um colete blindado de otimismo no peito, um ar de paisagem para caretices nos corredores de Brasília, chamar nossos representantes, todos, sem exceção, para um olho no olho, e mudar conceitos... 

É duro e difícil, mas quem disse que administrar, ser eleito governador, não tem ônus, ônus, ônus...?

Nunca é demais lembrar o juramento de posse.

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