Olha o Globo

O jornal O Globo publicou na manhã de ontem (29/05) matéria sobre a exoneração dos secretários do Governo do Rio de Janeiro, André Moura (Casa Civil) e Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho (Fazenda), informando que ambos foram surpreendidos com a decisão, cujo Decreto foi publicado na noite do dia 28, no Diário Oficial. Diz o jornal que André foi fritado pelo secretário de Desenvolvimento, Lucas Tristão, um dos mais próximos do governador Wilson Witzel, para quem André não se empenhou para salvá-lo da fritura da Alerj, nos últimos meses.  Diferentemente do que diz o jornal carioca, André Moura emitiu nota afirmando que se despediu do cargo após conversa com o governador na noite de 28/05.

Globo da morte

Na verdade, a Assembleia Legislativa do Rio, presidida pelo petista André Ceciliano, passou a ser um verdadeiro “globo da morte” para o governador Witzel. Na semana passada, chegaram dois pedidos de impeachment na mesa do presidente. Há quem diga que Moura segurou o quanto pode a tensão entre os Poderes, em razão do bom relacionamento com Ceciliano. A partir de agora, a pressão tende a subir, pois o seu algoz, Lucas Tristão, é odiado pelo presidente do legislativo. Aliás, na nota, André Moura cita o bom entendimento com o parlamentar, a quem chama de “líder nato”.

Banco de réu

O Ministério Público Estadual ajuizou Ação Civil Pública contra o Banese para que seja determinada a prorrogação, de até noventa dias, das parcelas dos contratos de empréstimos consignados de servidores públicos, na forma como divulgado pelo banco e sem que isso importe em refinanciamento de dívidas. Na verdade, a propaganda dava a entender que haveria suspensão, pura e simples, dos empréstimos consignados pelo prazo de 90 dias, em face da pandemia e, no entanto, na prática não foi bem assim.  

Jogando pra galera

O que se ouve por aí é que o banco quis fazer média com o governador e acabou dando um tiro no pé. O que poderia ser uma simples operação acabou se transformando num pandemônio para quem acreditou que a tal propaganda seria, de fato, a alma de um bom negócio. 

Tamar sai de Pirambu

O Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade criou a Base Avançada do Centro TAMAR em Salvador e extinguiu as Bases existentes em Arembepe-BA, Pirambu-SE e Parnamirim/RN. A portaria assinada pelo presidente Homero de Giorge Cerqueira entra em vigor a partir deste 1º de junho.  

TRE cassa Noventa

O Tribunal Regional Eleitoral cassou o mandato do deputado federal Vandevan Noventa (PSC) por fraudes na prestação de contas da sua campanha eleitoral. Além da perda do mandato, Noventa e os outros três condenados Evilásio Ribeiro da Cruz, Karina dos Santos Liberale e Rafael Meneguesso estão inelegíveis pelo período de oito anos. A decisão ainda cabe recurso junto ao TSE.

Fala, bacharel

Seis milhões de bacharéis estão sem poder exercer a advocacia no Brasil, por falta de inscrição na OAB. O tal exame da ordem tem deixado esses profissionais fora do mercado de trabalho apesar de todo o sacrifício que fizeram para concluir o curso de Direito. Uma comissão desses “desabonados” esteve com o presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira (29) e reiterou o pedido para que ele extinga, para sempre, o exame da OAB. Pode vir coisa nova por aí.

Questão de ordem

Muito tem se discutido, ultimamente, o porquê de, somente aos bacharéis em direito, ser exigido o tal exame. Nas demais profissões, inclusive a de médico que cuida da vida das pessoas, não existe tamanha avaliação classista. Um curso de residência já qualifica, bastante, esse profissional. É, de fato, uma questão para se pensar.

Eleição e seca

Eleição e seca são dois “fenômenos” que não acabarão tão cedo, no Brasil. Com a pandemia assolando o país, a federação que representa as Câmaras Municipais desfraldou a bandeira pela prorrogação de mandatos e unificação das eleições. Essa ideia é boa e já foi defendida por muitos, independentemente de pandemia. Entretanto, o presidente do TSE é radicalmente contra a prorrogação e, mais ainda, pela unificação, por vários motivos que ele julga (?) imperiosos. Isto, por si só, é uma pá de cal no sonho dos atuais vereadores que vislumbram por dois de lambuja.

Eleição e seca 2

Somando-se à posição do ministro Barroso, estão milhares de pré-candidatos a prefeito e a vereador pelo país afora, ansiosos que cheguem as eleições o quanto antes. O coro desses é muito mais sonoro do que os detentores de mandatos, naturalmente. O quantitativo de quem está fora e querendo entrar é absurdamente maior do que a soma da turma que tá dentro e não quer sair. Essa pressão toda, aliada à má vontade de quem pode promover a unificação dos pleitos são as principais causas de termos eleição de dois em dois anos, ainda.

Eleição e seca 3

Tal qual as sucessivas eleições bianuais, a seca no Brasil, especialmente no nordeste, está muito longe de acabar. A falta de vontade política dos governantes para erradicar esse ciclo vicioso, termina por se transformar na principal motivação da sua manutenção. Estar em situação de emergência ou calamidade pública rende força política e facilita (às vezes) algumas traquinagens administrativas. Os açudes e as barragens estão abarrotados mas, em Sergipe, dez municípios continuam em situação emergencial. E as águas continuam rolando...

Por que não?

O presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, defende o sistema eleitoral brasileiro assegurando que o voto eletrônico é seguro e inviolável. Considerando tal convicção e levando em conta o altíssimo custo de um pleito, o ministro bem que poderia promover o seu aperfeiçoamento, permitindo que já em 2022 o eleitor vote sem sair de casa, utilizando o seu computador ou mesmo o aparelho celular. Um sistema seguro, prático e que serve até para época de pandemia.

30 em 30

Neste sábado, 30 de maio, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/Se) comemora 30 anos de trajetória e de muitas lutas em defesa dos direitos da categoria. Em virtude da pandemia, a entidade não fará nenhuma atividade para comemorar a data.

Ele não

O secretário da Fazenda, Marcos Queiroz, estará na Assembleia Legislativa na próxima quinta-feira, 4/05, para apresentar aos deputados um balanço da economia sergipana, principalmente sobre a arrecadação do Estado nesse período crítico. Já o presidente do Banese, Fernando Mota, mesmo sendo avidamente esperado por alguns parlamentares não deverá dar as caras por lá. O presidente Luciano Bispo, com pena, vai salvar a sua pele.

Tudo é possível

O presidente do DEM, José Carlos Machado, continua trabalhando firme por uma candidatura própria à prefeitura de Aracaju. Todavia, não esconde de ninguém que o partido está aberto para conversar com outras siglas. Historicamente, o DEM só não faz acordo com o PT uma vez que a empatia entre ambos é zero. Por isso, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) sonha com um entendimento em torno da sua reeleição.

Boas chances

Enquanto a candidatura própria do DEM não decola, Ana Alves segue bastante disposta com o seu projeto de eleger-se vereadora de Aracaju. Trabalhando na surdina, vem mantendo contato com amigos e lideranças de bairros através das mídias sociais e do seu celular. Mais experiente, vai contar com o apoio da mãe, senadora Maria do Carmo.

Boa intenção

O prefeito de Propriá, Iokanaan Santana (PL), mandou colocar o busto do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, na Praça que leva o seu nome, inaugurada na distante administração do prefeito João Caldas. A justa e merecida homenagem somente não ficou melhor porque, no monumento, a única coisa que lembra o cantor é o chapéu. Rosinha ficou em Propriá e Gonzagão em Exu.