A importância do que pensam as juventudes dos países do G20, seus desejos, anseios e maneiras diferentes de organizarem o mundo do trabalho e analisarem os modelos de desenvolvimento econômico e social foram destacados na mesa de abertura dos trabalhos do Y20, grupo de engajamento da Juventude no G20 Social,  em Brasília.

 

A relevância dos debates desse grupo ficou evidenciada na força da representação na mesa de abertura. Participaram o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, que coordena o G20 Social, o embaixador Maurício Lyrio, negociador brasileira da trilha política, a ministra de Direitos Humanos do Ministério das relações Exteriores, Claudia Barbosa, o Secretário Nacional de Juventude, Ronald Sorriso , do Conselho Nacional de Juventude, Marcus Barão, além  de diversos representantes e movimentos de jovens, embaixadores de vários países do G20.

 

O auditório do Instituto Rio Branco ficou lotado para o dia inteiro de debates sobre temas que estão de acordo com as prioridades destacadas pelo presidente Lula, na presidência brasileira do G20, como por exemplo o combate à fome, às desigualdades e redução da pobreza. O sherpa brasileiro, o negociador da trilha geopolítica no Brasil, Mauricio Lyrio afirmou que “o presidente já deixou muito claro a sua prioridade de que o G20 na presidência brasileira deveria ser um G20 muito próximo da sua sociedade.

 

E isso de uma forma muito concreta, não só em palavras bonitas, mas em ações efetivas, como é o que nós estamos tentando fazer” , fazendo referência às negociações para que as propostas concretas das sociedades civis dos países sejam apresentadas e entregues aos chefes de estado do bloco. Os sherpas são os líderes de cada país que encaminham as discussões e acordos até a cúpula final com chefes de Estado e de Governo.

Márcio Macêdo reforçou o compromisso do Brasil em promover a voz e participação ativa da juventude no âmbito nacional e, especialmente no G20 Social, no cenário internacional.

 

Ineditismo do G20 Social, coordenado por Macêdo

O ministro sergipano destacou a relevância do Brasil sediar de forma inédita o G20 e enfatizou a criação do G20 Social como uma terceira trilha, ao lado das trilhas geopolítica e econômica. “O presidente Lula criou, de forma ousada, uma terceira trilha, que é o G20 Social. Aliás, todos os organismos internacionais que o Brasil presidiu nesse primeiro ano do governo ele traduziu a participação social, foi assim na Celac, nos Diálogos Amazônicos, na Cúpula da Amazônia e no Mercosul Social. Essa é a nossa tarefa. E o Y20, que é um grupo de engajamento que já existia no G20, mas que não tinha esse caráter de ampliação da participação social, agora estamos com esse desafio, o de ampliar as vozes da juventude para G20”, afirmou  o ministro, parabenizando o governo Lula pela iniciativa.

 

O evento lançou a programação do Y20 para 2024, e também proporcionou um espaço vital para o debate sobre os temas prioritários do grupo, promovendo a participação social e o envolvimento de diferentes instituições e autoridades. O encontro representa um marco importante para a representatividade da juventude em fóruns internacionais, fortalecendo sua contribuição para a construção de um mundo mais justo e sustentável.

 

O Y20, coordenado pelo Conselho Nacional de Juventude com o apoio da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), é o grupo oficial de engajamento das juventudes no G20 e, pela primeira vez na história, será liderado pelo Brasil, em 2024. O objetivo do Y20 é proporcionar um espaço de diálogo e influência para os jovens dos países membros do G20, permitindo que contribuam para a formulação de políticas públicas e reflitam sobre a agenda prioritária da juventude. Os temas prioritários debatidos pelo Y 20 ao longo deste ano serão: combate à fome, crise climática, reforma do sistema de governança global, inclusão e diversidade,  e inovação e futuro do mundo do trabalho.