Coluna RADAR por César Cabral - 5 de setembro de 2021

05/09/2021 06:04


Coluna RADAR por César Cabral - 5 de setembro de 2021

Terra de ninguém

A invasão que está ocorrendo no antigo Clube da Telergipe, na rodovia José Sarney, continua intrigando boa parte da população aracajuana, que está perplexa com a falta de atuação das autoridades competentes. Muitos invasores são proprietários de carros (inclusive camionete 4x4) e o loteamento da área está sendo demarcado como se fosse um empreendimento aprovado pela prefeitura. No futuro, os barracos de araque darão lugar a algumas mansões à beira-mar, nas barbas da Justiça. No mundo dos vivos, os mais vivos sempre se dão bem.

Troca-troca

Conforme a Coluna havia publicado anteriormente, haverá, sim, mudança no comando da direção do IPES. A troca do presidente se dará por questões meramente políticas, o que é natural, “às vésperas” de uma eleição. Tudo indica que Jorge Kleber, atual diretor da Fundação Estadual de Saúde, assumirá a cadeira ocupada pelo médico Cristian Oliveira.

Cartão do Servidor

A prefeitura de Laranjeiras lançou o “Cartão do Servidor”, uma ferramenta de crédito destinada a todos os colaboradores (efetivos e comissionados), que poderão utilizá-la somente nos estabelecimentos comerciais do município, cadastrados na prefeitura. A iniciativa objetiva dar maior poder aquisitivo aos servidores municipais na compra de gêneros alimentícios e produtos de primeira necessidade. A medida adotada pelo prefeito Juca foi bem recebida pela população. Vale ressaltar que nenhum bar, restaurante ou boteco está credenciado pelo Programa.

Confusão na casa do Senhor

Segundo o radialista Carlos Ferreira, o vereador Jeová de Jesus, cujo o nome é bíblico e de Jesus, sempre foi ajudado pelo prefeito Padre Inaldo e, publicamente, fazia agradecimentos e rasgava elogios ao religioso. Depois que mudou de lado, Jeová vem dando testemunhos totalmente diferentes, de uma hora para outra. Diariamente, o parlamentar desce a madeira, sem dó nem piedade, na administração do Padre. Como se diz, a política tem coisas que até “Deus duvida”. 

Com amor

O deputado federal Gustinho Ribeiro (SD-SE), pelas redes sociais, deu uma boa notícia para a população de Lagarto e região, ao anunciar que havia conseguido destravar a construção do Hospital do Amor, de Lagarto. As obras estavam paralisadas, segundo o parlamentar, porque o IPHAN alegava a falta de licenças arqueológicas.

Altos e baixos

A turma que não se cansa de malhar o presidente Jair Bolsonaro descobriu, agora, que quando ele era deputado federal participava do chamado “baixo clero”, formada por aqueles parlamentares que não participavam das grandes “decisões” nem dos “robustos” acordos.

Altos e baixos 2

O “alto clero” é formado por líderes partidários e/ou por “eminências pardas” que, mesmo sem serem líderes ou ocupar cargos na Mesa, gozam de prestígio junto a seus pares, em decorrência de mais tempo na Casa. Esses, mesmo sem serem chamados de “medíocres”, tramam e combinam todo tipo de acordo para aprovação das propostas e sabe Deus o preço de cada combinação. O jogo é duro é não se dá fichas para amadores.

Conclusão

Portanto, estar no “baixo clero” não quer dizer que um deputado tem pífia atuação no parlamento. Contudo, é um atestado de que na “conjuntura” dos encaminhamentos ele não tem a mínima culpabilidade no cartório de ofício. Simples, assim. Deu pra entender?

Marrom glacê

O sergipano Marronzinho, sonhou em ser presidente da república, na eleição de 1989. Na campanha, ele defendia o combate à seca e prometia ligar o vale do São Francisco ao vale do “Jequitinhunha”, como assim pronunciava. Depois dele, a sindicalista Vera Lúcia, radicada em Sergipe, também experimentou o fracasso das urnas. Para o próximo ano, existe a perspectiva de o senador Alessandro Vieira, gaúcho e domiciliado em Sergipe, tentar realizar o sonho dos seus antecessores. Vale a pena sonhar até lá e aguardar a voz das urnas.

Oi ela!

Embrenhada na floresta amazônica, a ex-senadora Marina Silva reaparece a cada quatro ou dois anos, a depender da sua disposição. Na semana passada, ela deu o ar da graça postando na sua rede social que “sair de casa no 7 de setembro é um desrespeito à democracia”. Logo ela, que sempre defendeu o grito dos “excluídos”, justamente, na semana da Pátria. É muita cara de pau, ou melhor, de seringueira!

Máquinas na pista

O prefeito de Moita Bonita, Dr. Vagner (PSB) está rindo à toa em razão dos mimos que recebeu da bancada federal sergipana. Foram destinados ao município um trator (senadora Maria do Carmo), uma retroescavadeira (deputado Fábio Mitidieri) e uma caçamba (deputado Gustinho Ribeiro), cujos equipamentos já estão à disposição da população, indistintamente. O Dr. Vagner vem fazendo uma administração moderna, participativa e bastante democrática.

Como antigamente

Já o deputado federal Bosco Costa, natural de Moita Bonita, mas adversário do prefeito, prefere liberar recursos para o vizinho município de Itabaiana. Ao alardear que já liberou quase R$ 1,5 milhão para o município serrano, Bosco foi duramente criticado pelos conterrâneos, através das redes sociais. Esse tipo de política coronelista não se coaduna com os dias atuais, e, além do mais, muitos dos seus eleitores continuam morando na terra natal e não têm nada a ver com essa briga paroquiana.

Faixa de Gaza

Finalmente a prefeitura de Aracaju enxergou a Orlinha da Coroa do Meio, faixa de terra contígua à belíssima orla da Atalaia, tão desprezada e abandonada pelo Poder Público. Enquanto a orla é dotada de bons bares, restaurantes e equipamentos afins, a orlinha permaneceu, durante anos, sem estrutura similar, sem drenagem, sem pavimentação e sem atrativos. Sem dúvida, mais um ponto positivo para a administração de Edvaldo Nogueira (PDT), que quer por que quer ser governador de Sergipe.

Setembro crucial

O mês de setembro será decisivo para a eleição de 2022. Isto porque, o senado pode (ou não) votar a PEC da “reforma eleitoral”, que prevê a volta das coligações, aprovada no mês passado pela Câmara dos Deputados. Para valer nas eleições do próximo ano, a matéria tem que ser aprovada pelo senado, até um ano antes do pleito. Com a eleição prevista para 2 de outubro de 2022, os senadores têm menos de um mês para tomarem a decisão. Se até lá a matéria não aprovada, valerão as regras atuais, ou seja, sem coligação proporcional para deputados estaduais e federais.

Setembro crucial 2

A depender do andar da carruagem, algumas mudanças poderão ser efetuadas dentro do quadro político atual. Fala-se, inclusive, em fusão de partidos (nanicos) para compensar a inexistência das coligações. Também, partidos maiores podem se unir a outros de pequeno ou médio porte, motivados pelos milhões de reais dos fundos partidário e eleitoral. Há informações de que o DEM e o PSL passarão a ser um só partido, cuja fusão deverá ocorrer ainda neste mês de setembro.

Bom de papo e de garfo

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) está nas redes sociais em um vídeo produzido pela sua equipe de marketing mostrando o seu itinerário para Canindé de São Francisco. No caminho, uma parada em Itabaiana para aquele café nordestino. Devidamente alimentado, o senador seguiu viagem muito mais disposto para falar sobre política no alto sertão. Como diz o ditado, “saco vazio não fica em pé”.

Dose dupla

O deputado federal Valdevan Noventa é candidatíssimo ao senado federal. Um dos seus principais apoiadores é o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Sukita, que, recentemente, passou pela entrada de Rosário do Catete e disse para os vendedores de milho (barraqueiros) que o futuro senador Noventa (?) irá conseguir quiosques para eles. Campanha antecipada e propagando enganosa são coisas comuns na política brasileira. Lamentável.

 

 

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