Aracaju mantém estratégia de combate à dengue e intensifica mutirões na capital

14/02/2020 14:05


Aracaju mantém estratégia de combate à dengue e intensifica mutirões na capital
Entre julho de 2019, quando foi colocado em ação o Plano de Intensificação das Ações de Combate ao Aedes aegypti, e janeiro 2020, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, realizou 25 mutirões de combate ao mosquito e visitou 17.122 imóveis em diversos bairros da capital. A ação fez com que o índice de infestação do município caísse de 2,6, em julho do ano passado, para 0,9 em dezembro. 
 
Agora, em 2020, o primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) confirmou a manutenção do índice, considerado baixo no nível de infestação. Segundo o gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, Jeferson Santana, de 0 a 0,9, o nível é considerado de baixo risco; de 1 a 3.9 é considerado médio risco e acima de 4% é alto risco de infestação.
 
“A gente chegou a até 2,6 em julho do ano passado, foi quando intensificamos as ações e conseguimos ir diminuindo o índice, até chegarmos em 0,9”, ressalta Jeferson. Os mutirões, segundo ele, tiveram papel determinante nessa redução. “Quando a gente realiza os mutirões, é através de um trabalho planejado e organizado para que a ação seja direcionada e voltada para os focos de mosquitos”, justifica.
 
Isso porque, antes dos mutirões, é feito um mapeamento, inclusive com drones da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), que fazem sobrevoos mapeando as áreas que precisam de mais atenção das equipes. Essas informações são repassadas à Secretaria da Saúde, que organiza os mutirões. “Aliadas aos nossos dados, as informações nos levam até o centro do problema, onde ele está constituído”, explica Jeferson.
Foto André Moreira/Ascom PMA
 
E é justamente isso que tem trazido a efetividade das ações, segundo o gerente. “A gente trabalha de forma central, no foco, e consegue um resultado positivo, que tem nos ajudado a diminuir os índices”, reforça o gerente do programa. Para a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, é importante manter a iniciativa, já que ela se mostrou eficaz.
 
“Mesmo tendo conseguido reduzir consideravelmente o índice de infestação em Aracaju, classificando a cidade como de baixo risco, com 0,9, nós vamos continuar com essas ações e tomando as medidas preventivas, para que, como no ano passado, não tenhamos epidemia de dengue”, afirma Waneska Barboza. “Além disso, considerando que mais de 90% dos focos permanecem dentro das residências, nossos agentes continuarão orientando a população, porque parte desse trabalho tem que ser dela. A nossa parte estamos fazendo”, completa a secretária municipal.
 
Trabalho integrado
Além das Secretarias da Saúde e do Meio Ambiente, os mutirões também envolvem a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), cujas equipes de limpeza, de posse do mapeamento, verificam os possíveis terrenos com criadouros. “Temos toda uma logística voltada para esse fim e, a partir dela, começamos a perceber uma melhora significativa”, destaca Jeferson Santana.
 
Segundo ele, só de agente de combate a endemias e agente de saúde, são cerca de 50 profissionais atuando. Mais pelo menos cinco equipes de limpeza e equipes de outras Secretarias. “Ao todo, são 70, 80 pessoas que participam dos mutirões”, contabiliza. 
 
Além da atuação combativa, os agentes também fazem um trabalho de conscientização. “Eles são orientados a identificar e eliminar os focos, mas também a fazer o trabalho de educação em saúde com o proprietário do imóvel no ato da visita”, reforça Jeferson. 
 
O gerente do programa reitera que os bairros e localidades visitadas são escolhidos a partir do mapeamento, priorizando o maior número de bairros possível dentro da programação. No entanto, quando os números do bairro visitado não baixam na proporção esperada pela equipe, um novo mutirão é realizado. “Foi o que aconteceu no bairro Salgado Filho, que teve um mutirão realizado em dezembro do ano passado e outro em janeiro deste ano. 
 
“Porque o índice de infestação não baixou como esperávamos. O bairro ainda está sendo monitorado”, revela. Segundo Jeferson Santana, o caso do bairro Salgado Filho é uma exceção, pois, segundo ele, os levantamentos apontam que os maiores problemas relacionadas a doenças se concentram na zona Norte e pequenas áreas da zona Sul.
 
Mas a orientação com relação aos cuidados para o combate ao mosquitos são gerais. “Todos precisam evitar deixar água parada e limpa em casa, seja nos depósitos domiciliares, nas caixas d’água, em tonéis, vasos de plantas, lavanderias ou qualquer outro reservatório. É preciso ficar atento, sobretudo agora com as chuvas”, reforça o gerente. Só assim, com a participação de todos, os mutirões continuarão surtindo efeito.
 
Fonte: Ascom PMA

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