Ação planejada da Prefeitura garante acolhimento a pessoas em situação de rua na capital

31/03/2020 20:07


Ação planejada da Prefeitura garante acolhimento a pessoas em situação de rua na capital
Com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), o isolamento social continua sendo uma das principais medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias. No entanto, quando se trata de pessoas em situação de rua, essa prevenção encontra barreiras para ser efetivada. Para contrapor essa situação, a Prefeitura de Aracaju planejou uma ação ampla de acolhimento a essas pessoas e, desde esta segunda-feira (30), passou a ofertar abrigo provisório durante a pandemia. 


O trabalho prévio, desenvolvido pela Secretaria Municipal da Assistência Social, contou com uma série de reuniões para alinhar as principais providências a serem adotadas. Assim, com o plano traçado, explica a secretária municipal da Assistência Social, as equipes do serviço de Abordagem Social e do Centro Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop) foram a campo e fizeram um levantamento em todo a cidade das pessoas e famílias que tinham interesse em ser acolhidas nos abrigos do Município.

“Desde o último dia 16 começamos a pensar em estratégias para a população em situação de rua. A primeira foi a manutenção dos nossos serviços funcionando, tanto o Centro Pop como também o de abordagem e verificou-se a questão da necessidade de isolamento social. Fizemos o levantamento e, com o número de interessados, pudemos organizar os espaços de acolhimento”, completa o coordenador de Proteção Especial da Assistência Social de Aracaju, Jonathan Rabelo.

Locais

Neste primeiro momento, dois locais passaram a servir de abrigo provisório: a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) General Freitas Brandão, que começou a receber os abrigados nesta segunda, e o Estádio Sabino Ribeiro da Associação Desportiva Confiança, parceira da iniciativa, que passará a ofertar abrigo ainda até esta quarta-feira, dia 1º.

“Definimos o Freitas Brandão por ser um espaço amplo, com uma boa estrutura e ser do Município, o que tornou a logística mais prática. Tínhamos a previsão de acolher 30 pessoas e, ontem, já acolhemos 18. É uma característica da população de rua, alguns deles não gostam de ficar em locais fechados, então, teremos uma oscilação. Já com relação ao Sabino, houve, antes, a parceria com a Defesa Civil de Aracaju, que disponibilizou barracas de 25 metros quadrados para alojar as pessoas, mas elas não poderiam ficar em local aberto, então, a ideia do Sabino é justamente para que a gente pudesse armar as barracas e dar um conforto maior às famílias e, nesse trabalho, contamos com a Associação Desportiva Confiança”, afirma Jonathan.

Na Emef, onde já começou o acolhimento, são disponibilizados produtos de higiene e limpeza, como sabonetes, creme dental e escova de dentes, roupas, toalhas, lençóis, cobertores, álcool, além de colchões, assim como orientações sobre os cuidados necessários para o enfrentamento do novo vírus. São oferecidas, também, três refeições por dia: café da manhã, almoço e janta. A alimentação diária e os produtos de higiene são frutos de uma parceria com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias).

Inicialmente, está sendo acolhido o grupo de risco, como famílias, gestantes e idosos, e em seguida os indivíduos que não estão nesse perfil. No local, as famílias não ficam aglomeradas, há o espaçamento adequado, respeitando o distanciamento social de, no mínimo, dois metros.

Centro Pop

Como parte essencial desse trabalho, o Centro Pop tem fortalecido sua atuação, tanto dentro do seu próprio espaço, como também na sensibilização para convencer os usuários a contarem com os abrigos provisórios.

“Construímos um atendimento diferente para garantir saúde e dar o máximo possível de suporte. Além dos serviços de urgência, como alimentação, higienização e espaço para lavar roupas, conseguimos fazer uma sensibilização diante do nosso público, no tocante à inserção deles nesses abrigos. Este é, sobretudo, um trabalho para resguardar cidadania e condições de vida dos moradores em situação de rua e ele jamais pode parar, ainda mais num momento de calamidade. É a partir das políticas públicas desenvolvidas pelo Centro Pop que se presta o mínimo de condição para ter o staff e garantir a assistência social”, destaca o coordenador do Centro Pop, Edilberto Filho.

Fonte: Ascom PMA

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