Verão: veterinário alerta sobre cuidados com os pets na estação mais quente do ano

18/01/2022 22:21

Especialista cita os principais cuidados com os pets durante a estação


Verão: veterinário alerta sobre cuidados com os pets na estação mais quente do ano

Assim como os humanos, os animais de estimação também sofrem com as altas temperaturas da estação mais quente do ano, principalmente aqueles que são obesos, animais de pelos longos e os braquicéfalicos, ou seja, cães de focinho achatado. Sendo assim, é importante adotar uma série de cuidados especiais durante o verão.  

A principal estratégia para a amenizar as consequências do calor excessivo é manter os animais sempre hidratados, é o que explica o médico veterinário bolsista do Programa de Aprimoramento Profissional em Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário do Centro Universitário Ages, Bruno Santos Andrade. Segundo ele, deve ser oferecida água à vontade, disposta em vários bebedouros e preferencialmente fresca e limpa. O tutor ainda pode administrar cubos de gelo ou fornecer água de coco para que o pet aumente a ingestão de líquidos. 

Outro aspecto muito importante no verão é a questão do passeio. A recomendação, esclarece o veterinário, é que este momento de interação entre o pet e o tutor, seja feito em horários adequados, preferencialmente antes das 10h ou após às 17h, quando a incidência de raios solares é menor.   

“Umas das principais preocupações é a temperatura elevada do chão que pode causar desde leves lesões, até graves queimaduras nas patinhas. Partindo desse pressuposto, antes do passeio sempre confira a temperatura da calçada, areia ou asfalto, e se possível dê preferência a áreas sombreadas e com grama. Também não esqueça de hidratar bem o seu pet e de dar o descanso necessário durante o percurso”, alertou Bruno. 

Tão importante quanto as dicas mencionadas anteriormente, também deve ser evitada a permanência em ambientes muito quentes e abafados. “O local onde o cão ou gato passa a maior parte do tempo, deve ser limpo, sombreado e arejado, facilitando as trocas de calor, que ocorre por meio da transpiração, diferentemente dos humanos que fazem esse processo pelas glândulas sudoríparas”, completou.   

Além da hidratação, locais arejados, em cães, o banho é um importante aliado no combate ao estresse térmico, além do que melhora a condição do pelo e da pele, mantendo-os saudáveis e hidratados. “O ideal é que sejam feitos banhos semanais ou a cada 15 dias. A tosa também é indicada para amenizar os efeitos do verão, sobretudo em animais de pelos longos ou de pelagem escura que absorvem mais calor”, ensinou.   

A exposição excessiva ao sol por tempo prolongado também pode causar doenças mais graves aos pets, a exemplo do câncer de pele, não sendo esta enfermidade uma patologia específica apenas nos seres humanos.   

“O câncer de pele não é uma exclusividade dos seres humanos e vem aumentando significativamente na rotina clínica veterinária. Diante disso, o uso do protetor solar em caninos e felinos também é indispensável, sobretudo em animais de pelo curto e de pele clara. Além de prevenir ao câncer de pele, os filtros solares ajudam a diminuir a incidência de queimaduras, dermatites e outras alterações cutâneas”, orientou o residente.   

Com a alta temperatura nesta época, também se aumenta a preocupação com a infestação por endo e ectoparasitas, principalmente as pulgas e carrapatos, que tendem a se tornar mais recorrentes nesta época do ano. “Desse modo, se você é dono de pet, procure um veterinário de sua confiança e mantenha a vermifugação do seu animal sempre em dia. Em cães deve ser dada atenção especial a dirofilariose ou ‘verme do coração’, que é transmitido por um mosquito vetor, que adora as altas temperaturas e a umidade do verão para se reproduzir, por isso o uso de repelentes é primordial”, destaca o veterinário.   

De uma maneira geral, finaliza o residente, no verão deve-se tomar cuidado com o grau de hidratação dos cães e gatos, com a presença de parasitas, com os horários do passeio e a frequência dos banhos. “É fundamental que ao primeiro sinal de desconforto térmico o médico veterinário seja consultado, como por exemplo nos casos em que o animal apresentar a respiratória ofegante, fraqueza ou mudanças de comportamento”, frisou Bruno Andrade.   

Assessoria

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