Por Onde Anda Você: Canabrava Mendonça

10/08/2019 19:56

Por César Cabral


Por Onde Anda Você: Canabrava Mendonça

José Canabrava de Mendonça, desportista, atleta, radialista e funcionário aposentado do Banco do Brasil, é filho de Rufino Sampaio de Mendonça e D. Auta Canabrava e nasceu na rua Capela, em Aracaju-Sergipe, no dia 21 de novembro de 1933. 

Com a esposa IoneFoi aluno dos Colégios Jackson de Figueiredo, Atheneu e Tobias Barreto. Casou-se com D. Ione Pinho de Mendonça, no dia 25 de junho de 1959 e dessa união nasceram os filhos Roberto, Carlos Alberto, Sueli, Silvia Cristina e Paulo César que lhes deram 14 netos e 4 bisnetos, sendo dois brasileiros e dois norte-americanos.

Dotado de corpo atlético, ainda adolescente começou a praticar esportes no Cotinguiba Esporte Clube e assegura que atuou em quase todas as modalidades, exceção apenas ao boxe.

No ano de 1956 foi aprovado no concurso do Banco do Brasil e, no ano seguinte (57), assumiu o emprego na agência da cidade de Propriá-Se, onde fixou residência durante sete anos até ser transferido para Aracaju, em 1964.

Vocacionado para o esporte, incentivou a prática do voleibol a ajudou a divulgar o futebol de salão na cidade ribeirinha. Foi sócio e presidente do 12 Tênis Club, tendo como companheiros de diretoria personalidades marcantes de Propriá, a exemplo de Raul Lobo, Araby Cabral, Wolney Melo, Geraldo Melo e tantos outros. Como dirigente do Tênis, abriu as portas do clube para a realização de campeonatos de Vôlei e Futsal

O futebol de salão (como assim era chamado) rapidamente caiu no gosto dos amantes do esporte. Várias equipes foram formadas, algumas até com jogadores profissionais do América e do Propriá. A quadra de esportes ficou pequena para o elevado número de torcedores que compareciam nos dias de jogos.

Na agência do Banco do Brasil, de Propriá, foi colega de dois amigos e também atletas: Lises Alves Campos e Washington. O primeiro, filho do memorável Dudu da Capela, jogou no América, como ponta-esquerda. O segundo, foi goleiro do tricolor da ribeirinha e titular em alguns jogos, após o lendário Pedro Babu pendurar as chuteiras. 

Em 1964, Canabrava foi transferido para Aracaju e trabalhou na antiga agência da Avenida Rio Branco, única existente naquela época. Sempre vinculado ao Cotinguiba Esporte Clube, seu clube do coração, voltou a praticar esportes pelo “Clube da Fundição”, sendo sócio, atleta, diretor e “primeiro-ministro” na gestão do colega e compadre Raymundo Luiz da Silva. 

No início dos anos 70, em Penedo-AlPelo Cotinguiba jogou futebol (lateral-esquerdo e zagueiro - 1952/56), Volei, Futsal, Basquete e praticou remo nas águas do rio Sergipe. Foi vice-campeão Brasileiro de Arremesso Livre de Basquete, competição promovida pela Confederação Brasileira de Basquetebol, ficando atrás apenas do mineiro Marinelson. 

Foi fundador do CPAM – Clube de Pescadores Amadores de Molinete de Sergipe- ao lado de amigos amantes da pesca, a exemplo de Dr. Nestor Piva, Alfredo Gentil, José Carlos Souza, Pedro Leite Neto e etc. Durante vários anos, o CPAM promoveu inúmeras Gincanas de Pesca em praias de Sergipe e participou de competições na Bahia, Alagoas e Pernambuco. Marcos Prado Dias, Aerton Silva, Emanuel Dantas, Ricardo Hagenbeck também se notabilizaram pela formação de excelentes equipes de pesca.

Canabrava de Mendonça trabalhou no rádio sergipano, como comentarista esportivo, na Rádio Difusora (atual Aperipê), na década de 70, levado por Carlos Magalhães. Depois, a convite do amigo Raymundo Luiz, foi para a Rádio Jornal. Apesar de ser considerado um analista técnico de futebol e de fácil comunicação, reconhece que o rádio nunca foi sua paixão. Nunca se empolgou com a atividade de radialista. Por essa razão, abandonou, prematuramente, o microfone no início da década de 80. 

Certa vez, o folclórico radialista Silva Lima, dono da maior audiência do rádio sergipano, disse que gostava de ouvir os seus comentários porque ele entendia de ênclise, próclise e mesóclise. 

Aposentado do Banco do Brasil desde 1984, Canabrava de Mendonça reside na Avenida Jorge Amado, Bairro Garcia, em Aracaju.

*Canabrava faleceu aos 85 anos de idade no dia 20 de novembro de 2019, deixando cinco filhos, quatorze netos e quatro bisnetos.

 

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