Desatrelada de padrinhos influentes a advogada Andrea Leite começa a ser citada em reuniões internas de alguns escritórios de advocacia, onde o assunto é sucessão na Ordem dos Advogados do Brasil secção Sergipe.

A OAB-SE vem de um histórico onde a entidade foi dominada por grupos bem identificados, cuja a disputa sempre envolveu integrantes de duas correntes, ambas amparadas na força política de Cesar Brito. Uma composta por Henri Clay e Ana Lúcia, últimos herdeiros da família “Brito” e; outra, composta por Carlos Augusto, Roseline Moraes e agora Danniel.

No último pleito, diante da percepção que havia um anseio entre muitos advogados, que sinalizavam promover mudança, surgiu então o nome do advogado Danniel Costa, que foi abraçado como uma opção de renovação, pela a aparente esperança de que ele faria uma gestão desatrelada da velha-guarda.

No entanto, nada de novo aconteceu, até porque um dos primeiros atos foi nomear o advogado Carlos Augusto como representante institucional da OAB, transferindo para ele a prerrogativa mais importante para um presidente, que é a condução do relacionamento institucional da entidade. A transferência demonstrou que a OAB continuou com os mesmos comandantes de sempre.

Hoje, muitos dos que votaram em Danniel Costa lamentam o abandono da proposta de renovação e citam situações nas quais reprovam o comportamento da atual gestão. Uns não aceitam a decisão de ressuscitar os velhos atores, buscando composições com nomes que já foram reprovados pelos advogados. Enquanto outros criticam a omissão da ordem em questões cruciais que afetam a vida da população em razão de decisões governamentais, e a manifestação retardada na defesa de advogados e advogadas, ante agressões e humilhações enfrentadas no fiel desempenho da atividade.

Outro ponto bastante criticado foi a realização de eventos festivos, o tradicional “pão e circo”, com gratuidade em ingresso, servindo ao que parece, pavimentar de forma sutil uma possível reeleição. Tais eventos objetivam aparentemente fazer com os advogados, o que representantes da classe política costumam fazer para cooptarem os votos dos usuários do bolsa-família.

A gestão Danniel Costa, não chega a ser avaliada como desastrosa em razão de pequenas avanços que atenderam a demandas reprimidas. Mas tem deixado a desejar no enfrentamento das questões que exijam maior respeito com os operadores do direito, que em muitas situações ficam órfãos do apoio da entidade representativa.

O caso de grande repercussão, envolveu dois advogados e embora o episódio não tenha tido nenhuma relação direta com a gestão, o que é relativizado por alguns advogados. Mas há inclusive membros da própria gestão, que embora solicitando sigilo, se posicionaram no sentido de que a forma como a questão foi conduzida pela OAB, deixou muito a desejar.

O sentimento apurado, é que Danniel enquanto presidente, não representou plenamente a proposta de renovação buscada pela classe, e que na eleição que ocorrerá no próximo mês de novembro, a renovação pra valer, continuará a ser o alvo de muitos advogados.

Talvez seja por isso que o nome de alguém que não é apadrinhada de nenhum grupo da velha guarda, esteja surgindo silenciosamente.